Quer beber alguma coisa?

Fazendo uso de palavras, acentos e sinais de pontuação na tentativa de traduzir os gritos e os sussurros da alma...

3 de junho de 2011

Da Felicidade...

Penso que seja o grande temor e a busca da humanidade: incontestavelmente de ser feliz!
A consigna ganha força com os comerciais de televisão, que te garantem 'abrir a felicidade' numa latinha de refrigerante ou mesmo de fazer compras no supermercado onde todos pagam mais caro, e conseqüentemente, são mais felizes! Comprando, vendendo (ou vendendo-se), trabalhando, comendo, dormindo, sorrindo ou chorando, não importa. A palavra de ordem é encontrar esse estado de equilíbrio das emoções que nos causa a sensação de serenidade, e para isso, freneticamente caçamos coisas ou pessoas que despertem em nós esse efeito de bem estar.
A grande questão é que essa felicidade às vezes é idealizada em coisas externas, alheias a nós mesmos. Não acho que somos auto-suficientes e não acredito nessa coisa de felicidade como produto de um poder interior. Penso mesmo que ela resulta de um processo de 'inteireza'. Daí, pelo fato de se estar pleno, aprendemos a escolher extrair da vida o melhor do que ela nos permite viver. Uns diriam disso conformismo, pensamento mesquinho, mediocridade. Mas vejo como resultado de estar pleno, logo, todas as coisas acontecem como complemento.
Então, quando tomamos consciência de que tudo começa pela simples condição de nos enxergarmos sendo, existindo, antes de qualquer coisa ou pessoa, continuamos a sonhar muito mais e a projetar menos. Porque projeções (e não projetos!) criam expectativas - que são vulneráveis - e expectativas frustradas comprimem estômagos. E estômagos comprimidos (que causam náuseas e dor) remetem a instabilidade das montanhas-russas.
Ao longo dessa não muito longa caminhada, tenho aprendido que o fundamento de tudo é o sentimento de 'me bastar'. Portanto, se o dinheiro aparece, a saúde permanece, a família está, os amigos ficam e o amor acontece, posso vivê-los calmamente, sem escravizar em nenhuma dessas coisas o meu coração e a minha razão de ser. Desse modo, se algum desses ítens me faltar, terei a mim e à graça de Deus, e isso deverá me bastar.

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