Quer beber alguma coisa?

Fazendo uso de palavras, acentos e sinais de pontuação na tentativa de traduzir os gritos e os sussurros da alma...

6 de março de 2015

Não passo de alguém com muitas dúvidas e poucas respostas, mas algo que sempre me chama a atenção e a curiosidade é a forma como os orientais tratam sua afetividade, como expressam e como lidam com suas emoções. Certa feita, um grande amigo me falava sobre a concepção moderna de amor. Sobre como nosso conceito sobre ele é difuso, submisso à história e ao tempo. Como é abstrato e, tantas vezes, perdido em si mesmo. A questão é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego. Imaginamos que o apego e o agarramento que temos em nossas relações demonstram que amamos quando, muitas vezes, não passam de apego que nos causa dor. É fato que quanto mais nos agarramos, mais temos medo de perder. E então se nós, de fato, perdermos, vamos sofrer. Enquanto o apego versa “eu te amo, por isso quero que você me faça feliz”, o afeto amadurecido talvez diga “eu te amo, por isso quero que você seja feliz.” E passamos a entender que, se isso nos incluir, maravilha! O apego torna a despedida em vida mais dura do que despedir-se pela morte. Ele e amor são, portanto, sentimentos totalmente distintos. O apego é segurar com bastante força. Amor é segurar com muita gentileza, alimentando e fortalecendo cuidadosamente, mas deixando que as coisas ganhem fluidez. Amar não é ficar preso com força. Quanto mais agarramos o outro com força, mais sofremos. Acontece que é muito difícil para nós, que somos apresentados e formados na 'cultura ocidental dos afetos', entendermos isso. O amor 'moderno', arraigado na ideia de propriedade, é idealizado na perspectiva de que o apego expressa o quanto nos importamos com o outro. A maturidade nos mostra que qualquer relacionamento, de qualquer ordem, no qual imaginamos ser preenchidos por outra pessoa será certamente muito complicado. Isso significa que essa coisa de metade, de sermos completados, não é saudável, é pesado. É preciso unir as inteirezas e ficarmos juntos apenas para apreciarmos a plenitude do outro - ao invés de nos determos na sensação de bem estar que ele nos causa ou que não conseguimos sentir sozinhos. E isso gera ainda mais dor quando somado à projeção que vem do romance, da capacidade de redenção do amor, tão presente nos contos que crescemos ouvindo. É fundamental reconhecer que não há pessoas ideais, erradas em horas certas ou certas em horas erradas. O que há apenas são pessoas comuns, lutando para se afirmarem no mundo e, muitas vezes, travando verdadeiras batalhas contra suas próprias naturezas. Quando assim enxergarmos, entenderemos a transitoriedade da vida, a dialética do encontro e da chegada: a despedida e a partida. Aprenderemos que uma das mais perfeitas manifestações do amor talvez seja a de sabermos deixar o outro ir.

18 de março de 2012

Ou uma boba ingênua em sonho que sou, ou uma louca de sentidos pretensiosos. É que pra mim os arranhões coçam, as lágrimas salgam, o húmus perfuma, o amargo dá fome. Até os rangidos dessa vida me soam poesia...

8 de março de 2012

SIM, NÓS TEMOS PEITO!

Paridas em dores e de todas as cores. É assim que somos. Românticas, às vezes (ou tantas vezes) confusas, delicadas, mas com couro mais grosso do que qualquer jacaré. Sabemos muito bem o que é ganhar, perder, dissecar, florescer, renascer das cinzas. Conhecemos muito bem dores, engasgos, retalhos. O não que vez ou outra teima por dar de frente em nosso caminho. Somos experimentadas em frios do corpo e da alma, em estradas de pedregulhos e tapetes de lã, em fios de doce e ervas amargas. Sei que Deus e sua natureza não nos contaram com todas as palavras os segredos que permeiam esse universo de estrógenos. Mas descobri – como quem descobre um importante segredo, que temos no mínimo seis braços, capazes de cercar e envolver com toda doçura aqueles a quem queremos bem. Temos também uma boca enorme, gigantesca, que (além de funcionar como válvula de escape), permite-nos os mais sinceros e espontâneos sorrisos. Sussurros. Ou gritos. Temos pernas, todas elas, arrebatadoras, apressadas, dispostas ou até cansadas que tornam possíveis os passos largos e saltos constituintes de nossos caminhos. À imagem e semelhança do Criador, somos também um tiquinho “onipresentes”. Estamos na arrumação das casas, na troca das fraldas e nas mamadeiras, nos jantares quentinhos, na funcionalidade das instituições e empresas, na academia, nos teatros, nos salões, pensando o mundo, agregando multidões. Somos e estamos em tantos lugares! Neste exato momento, tornando esperanças, gritando – pode ser com voz até rouca - que somos, estamos aqui, estamos vivas e vivendo, rasgando nossas entranhas para trazermos mais um à luz. E se não rasgamos o ventre, o fazemos por dentro. De modo sublime. Tudo pelos aloprados corações que temos, tão elásticos que nos permitem amar para além dos olhos ou da vista. Pensando assim é que nos orgulhamos de cada ponta dupla ou unha quebrada. É nessa hora que podemos erguer nossos braços, flácidos ou não, e dizermos com força e leveza: Sim, nós temos peito!

4 de março de 2012


"E enquanto não me faltarem os dias, eu vou assim:
olhos ao céu, sorriso nos lábios
e uma cesta abarrotada, derramando estrelas pelo chão.
Mas se porventura suas pontas teimarem em me cortar os pés, ainda assim seguirei em frente.
É que mesmo arranhada, a esperança torna macio meu chão."

3 de março de 2012

Do querer


Tinha vontade de um lugar seguro, onde eu pudesse fechar os olhos e, como quem voa, ser leve e levada ao vento. Na verdade, eu tenho vontade. Eu quero. Aqui mesmo. Tenho as certezas do chão, mas quero também flutuar. Sonho, sonho muito, sonho sempre, de olhos bem abertos, e isso me motiva a viver. Viver para viver mais e mais. Viver para alguém, para os outros, em favor de outros. Simplesmente viver! Quero viver com mais sorrisos para iluminar aquilo que parecer turvo ou desconhecido. Se necessário, quero também mais lágrimas para lavar a alma e regar a terra seca. Quero gritos para cobrir os sussurros, gritos de ecoar e balançar a cabeça. Quero ver tudo o que puder para saber o que existe e quero sentir para acreditar que também existe aquilo que não vejo. Quero amar, sem medida nem estranhamento, sem dúvidas e repleta de disposição, para jamais me esquecer de que não morri, estou viva! Estou viva e vivendo. Quero saber ver o todo, o conjunto, o coletivo, mas quero saber também singularizar para nunca deixar de entender que cada pessoa tem sua forma. Quero histórias para paradoxar a vida, quero histórias que façam e contem a minha vida. Desejo deixar em cada uma delas um pouco ou tudo de mim. E eu deixo. Deixo-me inteiramente. Quero permanecer crendo para cada vez mais ter mais fé. Não a mera confiança nas coisas sobre as quais posso intervir, mas a do tipo de me lançar para trás, de olhos fechados. Quero aprender a ouvir para direcionar o olhar, mergulhar e emergir outra, nova de novo. Quero muito. Quero querer, quero mais eu, quero mais tudo. Ingênua ou não, nas palavras encontro a forma mais eficaz de traduzir sentimentos. Seja para compreendê-los, seja para petrificá-los. Às vezes doem, às vezes fazem cócegas. Mas são puramente o que sinto, como os sinto, estão aqui. Flutuando ou tocando o chão, estão indo em direção ao alvo certo. Eles vão. E certamente não voltarão os mesmos.

10 de janeiro de 2012

Essa coisa de história

Pode parecer clichê, mas todo mundo tem uma história. E quer saber? Eu também tenho a minha. De preferência um rascunho, porque assim não tenho que me preocupar em estar sempre com uma caligrafia caprichada, vocabulário rebuscado ou a gramática na ponta da língua (ou do lápis).
Como em um rascunho posso escrever, ora registrando palavras pensadas, ora rabiscando ideias soltas; posso ser um tanto confusa entre sinônimos, antônimos e significados ou indecisa se devo usar advérbio de modo ou de tempo. Posso colocar tantas vírgulas, pontos de exclamação ou interrogações quiser (e garanto, não são poucos!). Posso abrir e fechar “aspas” (assim como muitos parênteses).
Como em um rascunho posso criar e suprimir parágrafos. Posso alternar a ordem, melhorar os adjetivos e fazer uso dos substantivos. Devo admitir que fabuloso também é poder escolher que tipo de oração me cai bem, e se o sujeito estará simples, composto ou inexistente (nada de ocultos, definitivamente eles não me atraem).
Como em um rascunho, eu tenho e crio minha história. E até agora, tenho sete vidas, uma tatuagem, um coelho de olhos bem vermelhos, alguns textos escritos, uma margarida acolchoada na cabeceira da minha cama, alguns tostões no bolso e um coração maior que o peito. Tenho também algumas dúzias de sorrisos, o “mamãe” mais aveludado do planeta, muita gente linda pelo caminho e uma enorme vontade de continuar escrevendo. Uma vontade que nada para, nada muda.
Vontade de continuar escrevendo meus dias, minha vida, minha história. É certo que por vezes devo trocar uma palavra aqui, conjugar outro verbo ali, modificar um sinal gráfico acolá. Mas sem culpa por borrar uma linha ou outra, por nem sempre ser coerente na sequência lógica dos fatos, por desalinhar ou desafinar de vez em quando, entendendo que tudo faz parte do processo de criação dessa história, desse livro que é a vida. E principalmente, como em um rascunho, vontade de escrever sem medo. E saber que posso recomeçar sempre que preciso.

29 de dezembro de 2011

Esperando 2012


Sem previsões astrológicas, apostas futuras ou palavras de sorte: termino 2011 com a sensação de dever cumprido!
Um ano deveras multifacetado. De grandes e memoráveis acontecimentos até as mais desastrosas catástrofes. Foi assim, entre ápices e declives que 2011 me deu um tapa na cara e disse: “bora vê garota, acorda que a vida não para e o tempo urge!”. E logo depois me ofereceu um copo de abacaxi com hortelã, batido com gelo e açúcar, como só ele soube fazer.
Rememoro as lágrimas derramadas, as inúmeras gargalhadas, as farras e barras, lutas e causas, as perdas de quem vi partir, as cinzas e cacos catados, os voos alçados... E nessas horas me perco entre o afago daqueles que por mim passaram, os de longe ou de perto, em muitas palavras ou pouco silêncio, e a bondade de Deus. Como não reconhecer suas dádivas? Obrigada Deus pelo dom da vida, pela saúde, família, amigos, o sorriso do meu filho, o brilho dos olhos de tantas crianças, os tostões no bolso, os bebês que vi nascer, amores que vi crescer... Por acreditar. E sabe, nada disso por esforço ou mérito, apenas pura graça.
Um ano de muito aprendizado. De cansaço, mas de muitos recomeços. De perdas e encontros, e sabe, o melhor é perceber que tudo aquilo que se (re)encontra pode superar, e muito, aquilo que se foi! Talvez pelo valor simbólico ou por pura nostalgia, é exatamente nesse período do ano que mais me apaixono pela vida e digo: “putz, vale muito viver!”. É um olhar para trás enfadado, endurecido até, mas de coração abrandado.
E nesse mesmo sentimento, aguardo 2012. Esperando-o como quem acredita! Sem trevos ou pés de coelho. Apenas muito pé de riso!
Espero e acredito não achando que uma simples mudança no calendário, de 31 de dezembro pra 01 de janeiro modificará por si só a tudo. Ledo engano. Quero apenas viver um "1º de janeiro" hoje, todos os dias! Não importa se será em maio, julho ou agosto. Pouco importa. Quero mesmo é agir ao final do ano, de cada dia, entendendo que é um fim de cada vez, e que com eles, viram-se páginas e fecham-se ciclos. Mas quero muito também não me calar à conformidade da vida.
Quero nunca deixar de querer!
Quero acreditar na bondade, na beleza pela autenticidade. Quero continuar me incomodando com tudo aquilo que agrida a integridade e a natureza dos homens e dos bichos. Permanecer engasgada com a injustiça, as inverdades, com o benefício próprio em detrimento do bem comum; estar intensamente obstinada a fazer tudo o que não parecer relevante ou significativo por ser simples ou pequeno demais para valer em uma terra de gigantes. Quero saúde em todas as casas, e quando ela não existir, que ao menos exista a chance de lutar pela vida até sua última gota. Pratos cheios e coloridos nas mesas ou nas mãos de quem os segura; quero menos polícia e repressão, não para corroborar o discurso cansado de que não temos segurança, mas porque outras possibilidades surgiram no caminho de quem a vida parece ter se revelado apenas violentamente.
Quero querer e o quero sem demagogias, sem pretensões. Apenas como quem acredita e deseja girassóis em todas as janelas. E mais do que querer ou acreditar, quero mãos e pés que, possivelmente cansados, persistam em continuar. E que nesse caminho que continua, que muitos continuem. Tantos outros continuem.
Um último desejo para 2012?
A todos os seres viventes, todo o amor que houver nessa vida!

3 de julho de 2011

Espécies...


Sim... Existe gente de toda espécie...
Tem a espécie que nunca sorri, resmunga por tudo, é puro pessimismo.
Tem a espécie que julga e esquece que também erra, se acha a dona da razão, mas que razão?
Tem a espécie que finge que é feliz, que finge que vive, que finge que é.
Ah... Procuro incessantemente pela espécie que sorri, que vê o lado bom da vida, que tem sinceridade no seus atos.
Espécie rara, em extinção!

(Texto de Rebeca Yasmim)

12 de junho de 2011

...


Um dia desses, como de praxe, o sono resolveu fugir justo na noite que não deveria. Sabe aquele dia que você já prevê uma manhã seguinte cheia, milhões de coisas a fazer, que exigirão quase todas as suas energias? Pois é. Foi nessa noite que me perdi entre letras e frases. E um trecho qualquer que li me deixou intrigada: esbarrei justo no fascínio que tenho pelos sinais de pontuação. Surreal isso? Concordo. Mas é que, na época de escola, quando se falava do uso de cada um deles, minha grande preocupação era com a forma, com colocar cada vírgula em seu devido lugar. Nunca sobrava espaço para que meus olhos enxergassem os sentimentos que cada um deles carrega. E eu nunca havia pensado sobre isso. Entre tantas coisas, os sinais gráficos agora saltavam dentre as palavras como que gritando suas expressões.
Lembrei bem da minha alfabetização – 1989. Não sei a razão exata, mas lembrei também que a minha professora, Carmen, sempre sorria para os textos que eu produzia. Fiz uma retrospectiva até aquele ano e constatei o quanto sempre gostei dos sinais, de todos eles. Do quanto treinava a ‘voltinha’ do ponto de interrogação. Achava-o divertido e, além disso, ele sempre dava asas ao mundo dos porquês. Porquês que até hoje persistem, eu sei, em acompanhar nossa vida de seres humanos. Em me acompanhar com suas dúvidas e com a vontade de saber mais. Saber sobre a vida, sobre as coisas, sobre as pessoas (inclusive eu). Daí em diante a vírgula, sempre com suas restrições e os travessões que, enfim, deixavam aberta a oportunidade de falar. Dois pontos, ponto e vírgula, a exclamação com suas expressões. Até o ponto final, tantas vezes fatídico, anunciando um final muitas vezes não esperado. Tantos pontos, tantos sinais. Mas só agora percebi – relendo minhas próprias palavras – o quanto adoro as reticências.
Assim como o discurso, as palavras nos revelam. Muitas vezes até se parecem com espiãs, traidoras, mas na verdade elas nos denunciam porque nos traduzem em símbolos. E é aí, no meio delas que as reticências aparecem. Representando a possibilidade de continuar, de ir e vir, de deixar a porta aberta. Esses três pontos consecutivos carregam em si o desejo permanente de ir além do que está logo ali, adiante, nos esperando. É quase um ciclo natural das coisas. Nos caminhos da vida estamos sempre indo e voltando. Voltando talvez para mudar de onde se partiu, mudar o trecho percorrido ou simplesmente para buscar novamente o que um dia se perdeu no caminho. Particularmente, sinto que a ideia de poder voltar e continuar alivia a alma, recarrega forças e esperanças. Parece que imbuído nessa possibilidade vem o anuncio de ventos favoráveis, de boas notícias.
Tudo isso traduzido em reticências... Essas três tresloucadas bolinhas que apontam um universo inteiro pela frente. Que só me dizem para ir, ir além, ir mais uma vez e se preciso, voltar e ir de novo. Que gritam e saltam todas as vezes que as vejo dizendo para recusar os pontos finais, colocando quantas letras, palavras e frases esse universo permitir. E assim, a vida segue seu curso. Um trajeto em espiral, cheio de retificações, mas abarrotado de recomeços. Que nunca me faltem as reticências, porque enquanto elas existirem, farei muito seu uso, quantas vezes se fizer preciso...

3 de junho de 2011

Da Felicidade...

Penso que seja o grande temor e a busca da humanidade: incontestavelmente de ser feliz!
A consigna ganha força com os comerciais de televisão, que te garantem 'abrir a felicidade' numa latinha de refrigerante ou mesmo de fazer compras no supermercado onde todos pagam mais caro, e conseqüentemente, são mais felizes! Comprando, vendendo (ou vendendo-se), trabalhando, comendo, dormindo, sorrindo ou chorando, não importa. A palavra de ordem é encontrar esse estado de equilíbrio das emoções que nos causa a sensação de serenidade, e para isso, freneticamente caçamos coisas ou pessoas que despertem em nós esse efeito de bem estar.
A grande questão é que essa felicidade às vezes é idealizada em coisas externas, alheias a nós mesmos. Não acho que somos auto-suficientes e não acredito nessa coisa de felicidade como produto de um poder interior. Penso mesmo que ela resulta de um processo de 'inteireza'. Daí, pelo fato de se estar pleno, aprendemos a escolher extrair da vida o melhor do que ela nos permite viver. Uns diriam disso conformismo, pensamento mesquinho, mediocridade. Mas vejo como resultado de estar pleno, logo, todas as coisas acontecem como complemento.
Então, quando tomamos consciência de que tudo começa pela simples condição de nos enxergarmos sendo, existindo, antes de qualquer coisa ou pessoa, continuamos a sonhar muito mais e a projetar menos. Porque projeções (e não projetos!) criam expectativas - que são vulneráveis - e expectativas frustradas comprimem estômagos. E estômagos comprimidos (que causam náuseas e dor) remetem a instabilidade das montanhas-russas.
Ao longo dessa não muito longa caminhada, tenho aprendido que o fundamento de tudo é o sentimento de 'me bastar'. Portanto, se o dinheiro aparece, a saúde permanece, a família está, os amigos ficam e o amor acontece, posso vivê-los calmamente, sem escravizar em nenhuma dessas coisas o meu coração e a minha razão de ser. Desse modo, se algum desses ítens me faltar, terei a mim e à graça de Deus, e isso deverá me bastar.